segunda-feira, 19 de setembro de 2011

O EMPREGO


   Sentindo calafrios, Oscar entra no escritório onde havia deixado seu currículo há algum tempo, concorrendo uma vaga como Mestre de obras.  Ansioso para começar a entrevista, não tirava os olhos do relógio. Alguns minutos depois ouve a secretária, dizendo-lhe que fora chamado. Já dentro da sala do contratante, fita um homem de aparência tranqüila, que lhe diz:

─Bom dia! Sente-se, por favor.

─ Obrigado!

─ Vendo seu currículo, vejo que tens boa experiência como Mestre de obras!

─Ah! Sim, realmente trabalhei muitos anos nesta função!

─Seu último emprego foi na... Águia Construções, não é?

─ Sim. Trabalhei três anos nesta empresa, onde saí porque mudei de cidade. Fiquei alguns meses como autônomo, e daí surgiu à oportunidade de tentar uma vaga aqui.

─ Oscar, você sabe que essa vaga está muito concorrida. O seu currículo é bom, mas também entrevistei outros que também gostei.  Você sabe que o mercado é terrível, por isso um empregado só é bom se der lucro, e que será admitido quem for vantajoso para a empresa! Então, como já é de praxe, te faço a seguinte pergunta: porque devemos contratá-lo?

─ Olha doutor! Sempre onde trabalhei, procurei dar meu melhor. Sou uma pessoa transparente no que faço, procuro manter a ordem no trabalho com respeito e amizade. Sou rigoroso em relação ao horário, tanto para mim quanto meus peões!       Prego sempre o capricho na obra, mantendo com pulso firme os interesses da empresa, pois é dela que tiramos o nosso sustento! Sei que sou bom no que faço, e o senhor não irá se arrepender se me contratar!

─Hum! Fale-me mais sobre suas pretensões...

    A entrevista se arrastou por vários minutos, enquanto Oscar tentava provar seu valor ao homem, que ouvia pacientemente. Já no final da conversa, o doutor fala algo que o deixou entusiasmado:

─ Bom, gostei muito de você e de sua disposição ao trabalho, nós precisamos de alguém assim mesmo aqui! Eu entro em contato com você amanhã!

─ Estarei aguardando!

─Fique tranqüilo! Até a próxima!

─Ok! Até a próxima!

MULHERES NA CONSTRUÇÃO CIVIL




   Segundo reportagem exibida na TV Itapoan, filial da Rede Record no estado da Bahia, no jornal Record Notícias do dia 20/08/2011 (acesso em 07/07/2011), o grande aumento de unidades habitacionais fez com que o interesse no setor da construção civil aumentasse significativamente nos últimos anos. Contribuindo também para o aumento dessa demanda, estão os cursos profissionalizantes que seduzem não apenas quem não é da área, mas também as mulheres.

   No estado da Bahia, a procura para inscrição feminina nos cursos profissionalizantes gira em média a sessenta por cento, superando em dez por cento as inscrições masculinas. Nesse ano em Salvador, foram abertas até o dia doze de julho, cerca de quatrocentas vagas, e se observarmos pelas proporções, as mulheres preencheram em média duzentas e quarenta vagas.

    A construção civil, que sempre foi vista como um lugar dominado pela virilidade e rigidez dos peões, vem sendo agora desbravado pelas mulheres.   Esse novo campo, milenarmente masculino, vem perdendo sua blindagem à medida que as mulheres vêm derrubando o tabu de frágeis e submissas. Com essa invasão feminina, algumas questões ou talvez alguns dilemas pudem ser observados: Serão as mulheres realmente frágeis? Elas que conquistaram, ou eles que perderam o interesse? Existe algum dom profissional, incluindo todos os níveis e esferas, onde as mulheres não se igualam ou se igualarão aos homens?

    Existem inúmeras hipóteses para explicar essa demanda feminina, porém, é interessante se observar que coisa de maior importância não é a questão Feminismo VS Machismo, mas o respeito e igualdade por essas trabalhadoras que ganham o sustento de sua família com bravura.

     Às vésperas de uma copa do mundo, a construção civil está caminhando a passos largos para o progresso, transformando o Brasil em um canteiro de obras, abrindo novas oportunidades tanto para homens quanto para mulheres, porém, ambos com a mesma expectativa de uma vida melhor.

INTERESSANTE... AS COLISÕES


 No segundo semestre do ano passado, tivemos uma matéria chamada Física Aplicada II. Em um determinado dia, o professor Celso abordou um assunto que achei bem interessante, trata-se das colisões, tanto elásticas quanto inelásticas. Neste dia o professor começou falando sobre as características, que são constantes, em relação ao momento e a energia cinética.

    Explicou-nos que para descobrir as velocidades finais de um movimento elástico, são necessárias duas equações:
e

 
   Enquanto que no movimento inelástico é necessária uma:


   Também estudamos sobre a energia cinética desprendida pelos movimentos, tanto em elástica, onde a energia cinética inicial é igual à final (ki=kf), e também na inelástica, onde a energia cinética inicial é maior que a final (ki>kf).

    Depois de estudar este assunto, embora não ter me tornado perito, comecei a enxergar os resultados do cotidiano: em uma suposta colisão de dois automóveis, ou ainda na queda de uma barra de aço maciça em meu trabalho, onde percebo nitidamente uma colisão elástica. É realmente interessante saber que, de acordo com a Física, neste mundo nada se perde, porém, tudo se transforma.

Palestra - Planejamento e Controle da Produção para a Construção

Assunto: Planejamento
Palestrante: Eng. Éder Daniel Rossi
Inicio: 21h20min, dia 19/09/2020 – Auditório Central.

Boa noite,
É um prazer retornar ao Brasil, para ser mais exato no Centro Universitário Adventista em Engenheiro Coelho, lugar de minha formação há cinco anos. É muito gratificante voltar às origens como palestrante, e não mais como aluno.
Trabalho há quatro anos para a empresa Chinesa Broad, somos especializados em construção pré-fabricada e sustentável. Nosso foco é o planejamento, em media gastamos 75% do tempo de execução de obra em escritório, fazendo o desenvolvimento de projetos, teste em maquetes, simulações feita por computados e cronograma, todo o andamento da obra é cronometrado, isso devido ao grande número de equipes envolvidas, a coordenação é fundamental, permitindo finalizar edifícios e casas em tempo recorde e evitando qualquer acidente.
Vamos ao que realmente interessa...
O aumento da concorrência e a evolução tecnológica pressionam as empresas para que reavaliem seus métodos e sistemas de produção em busca de produtividade e competitividade.
A lean construction, também conhecida como construção enxuta, direciona suas ações para "enxugar" a obra de todas as atividades que não geram valor, resultando em desperdício de recursos. A proposta é reduzir custos sem necessidade de investimentos, somente através de uma melhor organização do processo, eliminando reservas de mão-de-obra ociosa e otimizando cada recurso disponível. Por exemplo, uma melhor alocação (colocar no lugar certo) de mão-de-obra pode trazer grandes vantagens de custo, já que, em boa parte das obras, não se conhece com exatidão a capacidade de produção de um serviço em determinado período de tempo, gerando alto grau de incerteza que leva à contratação de um estoque de mão-de-obra. Desperdício puro, pois é criada uma reserva de homens na obra para garantir a execução de um trabalho dentro do prazo.
As decisões estratégicas de uma empresa não devem se sustentar em vender e lucrar, mas em adotar procedimentos capazes de agregar valor à empresa, garantindo desempenho no futuro e a qualidade. Assim, a competitividade está no núcleo das empresas, dependendo mais de suas ações estratégicas do que da postura empresarial na arena de competição. O planejamento estratégico deve procurar meios e táticas para manter a empresa capaz de sustentar ou expandir sua participação no mercado.
Resumindo, temos que estabilizar e garantir o fluxo de trabalho contínuo, ganhando velocidade para obter como resultado o desenvolvimento e o término da obra dentro das projeções de prazo e custo.
Para isso, o planejamento é essencial. Porém, ele nem sempre é feito de maneira coerente e realista, procurando atingir um nível de perfeição que acaba por torná-lo estático e inflexível. Um pouco mais de cuidado com os detalhes nunca é prejudicial, só que o tiro pode sair pela culatra se a dose for exagerada. O excesso de detalhes no planejamento torna mais rápida sua desatualização, dificultando a integração entre os diversos níveis da obra e aumentando a ocorrência de erros na programação dos recursos. Além disso, muitas das dificuldades surgem pelo enorme abismo existente entre quem planeja e o operário que executa o serviço, criando margem para distorções e perda de eficiência.
As principais sugestões é evitar polarização entre os setores de planejamento e produção, privilegiando o trabalho em equipe, realizado de forma coordenada. Esse vinculo mostra com clareza os pontos vulneráveis da empresa, com isso conseguimos o maior numero de informações consistentes para as tomadas de decisões, adiantando eventuais dificuldades e possibilitando a adoção de mecanismos de defesa. Assim, com um planejamento mais executável e dinâmico, seu gerenciamento consiste em equilibrar e manejar o cotidiano do plano, ajustando os recursos para assegurar o fluxo da obra e cuidando para que o ambiente seja favorável ao cumprimento das metas.
Com o avanço da comunicação via Internet, da realidade virtual e modelos visuais em 3D, as construtoras podem optar por ferramentas de informática que ultrapassam o uso tradicional da tecnologia de informação, impulsionando a implantação de sistemas de planejamento e gestão integrados. Até agora, as empresas vêm investindo em informatização da contabilidade, geração de contatos e marketing na Internet, tanto no Brasil quanto no Reino Unido, caminhando em direção oposta a aqui abordada.
Mas nem mesmo as novidades tecnológicas podem escapar de um controle estratégico direcionado para a produtividade. A invenção nem sempre é a melhor solução para uma determinada empresa. A adoção de novos procedimentos e técnicas deve considerar tecnologia, pessoas e a cultura da empresa em uma visão de conjunto. Tudo tem que ser analisado e planejado sob a perspectiva do valor criado para o consumidor final e para o fluxo de produção. Assim, a utilização de uma inovação somente é vantajosa quando esta entra em harmonia com o produto e outros sistemas da obra, levando a desempenho e qualidade superiores sem aumentar o dispêndio de recursos.
O planejamento começa a ganhar terreno na construção civil, como uma forma de alcançar melhores índices de produtividade, que afetem significativamente a competitividade da empresa. A ociosidade e o desperdício são os vícios de um modelo de produção que precisa ser adaptado à nova realidade do mercado. Vícios que precisam ser eliminados sob pena de inviabilizarem o negócio de muitas construtoras. São apenas as primeiras conclusões de conceito empresarial que ainda vai render muitas boas ideias.

- Embora essa palestra não seja longa devido ao nosso curto espaço de tempo, gostaria de aproveitar esses últimos minutos e me dedicar a respostas de perguntas. Fiquem a vontade!

- Quais as dificuldade em implanta métodos construtivos como os da Broad aqui no Brasil?
- Em obras particulares acredito que seja apenas uma questão de falta de profissionais e  um vicio. 

- E quanto às obras publicas? Vemos com frequência obras paradas, será que com esses métodos ou um melhor planejamento não resolveria esse problema?
- Novamente digo que é uma questão e falta de profissionais e também desinteresse politico. Principalmente em ano e eleições, o candidato interessado em reeleição inaugura dezenas e obras, assim a população fica satisfeita o candidato se mantem no poder e a obra para, deixa p o próximo acabar, e nesse com esses novos métodos e projeto chega a ter anos de planejamento para apenas depois ser iniciado a montagem. 

- Onde posso saber mais sobre o Assunto?
- Para todos que querem saber mais acesse o meu site www. Alicercedosaber.com.br uma evolução do antigo blog Alicerceparaosaber.blogspot.com, lá você encontra material de pesquisa e estudo além de cursos gratuitos.
Espero que tenha sido gratificante, agradeço a todos pela atenção.


Centroides (Centro de massa)


Um ano e meio se passou, e estamos no quarto semestre de engenharia civil, uma das matérias que está exigindo um maior raciocinio é a Resistência dos Materiais II (já era previsto O.o).  Escolhi fazer um breve resumo do assunto abortado na primeira aula.

*Centro de massa ou centroides
De uma forma grosseira, podemos dizer que o centro de massa ou centro de gravidade é o ponto de aplicação do peso do corpo (Peso = massa x aceleração da gravidade).
A definição física de centro de massa é de um conjunto de partículas (m1,m2,m3), cujas posições podem ser representadas pelos vetores posição (r1,r2,r3) respectivamente, em relação a um referencial inercial (posições relativas a um observador que seja ele próprio uma partícula ou sistema livre). É uma posição cujo vetor é assim definido: 


Em Dinâmica, existem várias situações em que se pode considerar a massa de um corpo, ou mesmo de vários corpos, como se estivesse concentrada em um único ponto. A esse ponto se dá o nome de centro de massa.

Centro de massa de figuras planas
Regra: Se um corpo homogêneo apresenta um eixo de simetria, o centro de massa estará sobre ele. Caso o corpo apresente dois eixos de simetria, o centro de massa se localiza na intersecção desses eixos.

Por exemplo, no caso de um retângulo:
Neste caso:
 


 No caso de um triângulo retângulo podem-se deduzir as seguintes relações:
 
 Obs.: É importante salientar que os princípios e fórmulas para estes cálculos valem para corpos homogêneos, ou seja, corpos feitos de mesmo material, com densidade constante.

Centro de massa de figuras planas compostas.

 O primeiro passo é adotar um sistema de referência (x, y) conforme acima. Depois se deve aplicar a fórmula:
 

Sendo o índice 1 do retângulo e o índice 2 para o triângulo retângulo, m1 e m2 as suas respectivas massas e x e y as coordenadas em relação aos eixos adotados.

As fórmulas acima podem ser estendidas para várias (n) figuras:

  
* Aplicação
E essencial que o Engenheiro compreenda o estudo dos centroides, afinal é matéria base para o estudo de torção, torque, Ação hidrostática, Ação do vento, inércia, problemas do dia a dia, entre outros.


Quase me esqueço de citar o nome de nosso querido professor... o causador de nossas dores de cabeça nas noites de quarta-feira, Prof. Artur Lenz Sartorti