Sentindo calafrios, Oscar entra no
escritório onde havia deixado seu currículo há algum tempo, concorrendo uma
vaga como Mestre de obras. Ansioso para
começar a entrevista, não tirava os olhos do relógio. Alguns minutos depois
ouve a secretária, dizendo-lhe que fora chamado. Já dentro da sala do
contratante, fita um homem de aparência tranqüila, que lhe diz:
─Bom
dia! Sente-se, por favor.
─
Obrigado!
─
Vendo seu currículo, vejo que tens boa experiência como Mestre de obras!
─Ah!
Sim, realmente trabalhei muitos anos nesta função!
─Seu
último emprego foi na... Águia Construções, não é?
─
Sim. Trabalhei três anos nesta empresa, onde saí porque mudei de cidade. Fiquei
alguns meses como autônomo, e daí surgiu à oportunidade de tentar uma vaga
aqui.
─
Oscar, você sabe que essa vaga está muito concorrida. O seu currículo é bom,
mas também entrevistei outros que também gostei. Você sabe que o mercado é terrível, por isso um
empregado só é bom se der lucro, e que será admitido quem for vantajoso para a
empresa! Então, como já é de praxe, te faço a seguinte pergunta: porque devemos
contratá-lo?
─
Olha doutor! Sempre onde trabalhei, procurei dar meu melhor. Sou uma pessoa
transparente no que faço, procuro manter a ordem no trabalho com respeito e
amizade. Sou rigoroso em relação ao horário, tanto para mim quanto meus peões! Prego sempre o capricho na obra, mantendo
com pulso firme os interesses da empresa, pois é dela que tiramos o nosso
sustento! Sei que sou bom no que faço, e o senhor não irá se arrepender se me
contratar!
─Hum!
Fale-me mais sobre suas pretensões...
A entrevista se arrastou por vários
minutos, enquanto Oscar tentava provar seu valor ao homem, que ouvia
pacientemente. Já no final da conversa, o doutor fala algo que o deixou
entusiasmado:
─
Bom, gostei muito de você e de sua disposição ao trabalho, nós precisamos de
alguém assim mesmo aqui! Eu entro em contato com você amanhã!
─
Estarei aguardando!
─Fique
tranqüilo! Até a próxima!
─Ok!
Até a próxima!
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